Estamos passando por um momento muito favorável a qualquer tipo de empreendimento, principalmente aqueles que correspondem aos bens de primeira necessidade do ser humano.
Nós brasileiros somos muito empreendedores e gostamos de estar inovando e sempre que aparece uma boa oportunidade estamos sempre dispostos a arriscar para que tenhamos uma prosperidade em nossos ganhos.
E quando este oferece um benefício mútuo conseguimos inúmeros benefícios na qual diferentemente pequenas empresas não conseguem.
Diferentemente de como cada um possa ter interpretado esses primeiros três parágrafos devo deixar claro que não sou contra “a nossa moda caseira”, apenas gostaria que tudo que se publicasse em nossa mídia deixasse claro como são fabricados esses produtos, com quais equipamentos são fabricados, para que dessa forma a empresa em questão possa transmitir mais transparência e clareza em seus atos empresariais.
O Ministério da Agricultura, exige uma quantidade de obrigações que uma empresa tem que cumprir antes que ela possa começar a trabalhar com a sua própria fábrica de ração ou qualquer outro estabelecimento que exige o selo de aprovação dessa instituição. Os que mais ouvimos falar são o BPF (Boas Práticas de Fabricação), APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), Além de outras norma e regulamentações voltadas para a organização da empresa e melhoria continua da qualidade.
No entanto algumas brechas em nossa legislação, fazem com que empresas consigam trabalhar sem que sejam incomodadas desde que não seja feito a comercialização do produto em questão. O que na realidade não acontece, pois, muitas empresas acabam comercializando produto acabado como se fosse matéria prima (milho, polpa cítrica…) e com isso ganham folego para poderem se estruturar.
Outro ponto complicado é o consórcio Suinocultura-Piscicultura que apesar de existir estudos na qual o consórcio suíno-peixe não traz problemas de contaminação na carne do peixe com contaminantes como Salmonella, Staphylococcus aureus e coliformes totais e fecais, ainda sim, o ideal é que esse balanço nutricional seja feito por um produto na qual se tenha o controle exato do que está sendo oferecido para os peixes, para tanto que ao longo dos anos se batalhou para ter a rastreabilidade na produção de alimentos e essa parte e fundamental para o controle.
A preocupação além de uma contaminação por microrganismos é que esses peixes estão recebendo basicamente aquilo que o organismo do suíno descarta. Que geralmente se resume em milho na qual o organismo não consegue fazer uma boa digestão. Apesar de terem alimento com fartura, não conseguem um alimento de qualidade além de que o excesso de comida pode provocar o crescimento de algas no fundo das lagoas que capturam o oxigênio da água.
Uma boa piscicultura deve trabalhar com três pilares fundamentais, Oxigênio Água de boa qualidade e Alimento balanceado. Quando um desses pilares é rompido o bolso criador irá sentir os efeitos.
De uma forma geral gostaria de deixar o meu alerta para todos os meus leitores que já estão trabalhando ou que pensam em iniciar um empreendimento. A moda Caseira não é errada pelo contrário é até desejável que possa iniciar um empreendimento com baixo custo e boa rentabilidade, contudo, não esqueçam que grandes negócios satisfazem em primeiro lugar os clientes fornecendo produtos com boa qualidade e com boa sanidade.
Quando se trabalha com um produto ou matéria prima na qual o custo está muito abaixo do preço de mercado, é bom desconfiar, não existem milagres operacionais em nenhum ramo de mercado.
Um Abraço e até a próxima!