Olá Pessoal,
Esse ano de 2023 está sendo o ano para encorpar nossas playlist, depois de um bom tempo vamos retornar com mais um atendendo a pedidos.
A cada ano que passa ficou mais satisfeito com as perguntas, pois consigo ver que o pessoal tem acompanhado os vídeos e as perguntas são sempre em cima de temas que ainda não foi trabalhado dentro do Portal R2S.
Essa semana vamos atender ao pedido do nosso seguidor Jean de Santa Catarina, ele trabalha em uma planta com produção de 4 ton/h, eles utilizam equipamentos da Ferraz Máquinas.
Como toda empresa ele tem várias fórmulas na fábrica, e essas fórmulas fazem com que a máquina tenha uma variação de produtividade e de uma forma geral ela se comporta da seguinte forma:
Ao fazer a fórmula de uma ração temos que tomar cuidado com os exageros, pois, uma ração com alto protéina é boa, lucrativa, mas as vezes a máquina irá sofrer mais para produzir e a produtividade pode cair entre 10 a 20% da nominal da máquina.
E o nosso cliente estava produzindo uma ração baixa quantidade de proteína e ainda sim a máquina estava sofrendo para poder ter uma boa produtividade, como falado no vídeo discutimos sobre vários aspectos que o equipamento poderia ter de problema e mecanicamente nada poderia resultar em uma produção abaixo do esperado.
A ultima cartada para mim sempre é a Fórmula, pois, é uma variável que depende de mais de uma pessoa para poder resolver o problema, sempre temos que falar com o Controle de Qualidade e o responsável pela formulação.
Mas em todo caso lá fomos nós analisar a fórmula que ele estava extrusando. Vimos que ele tinha uma fórmula deficiente de amido de boa qualidade para e extrusão e tinha alguns produtos problemáticos, como o farelo de arroz gordo, que possui muito óleo, o caulim que é mineral e o trigo que possui muita fibra.
Formula | ||||
ANTES | DEPOIS | |||
MILHO | 150 | 15% | 270 | 28% |
TRIGO | 358 | 37% | 240 | 25% |
ARROZ GORDO | 240 | 25% | 175 | 18% |
REPROCESSO | 100 | 10% | 65 | 7% |
CAULIN | 125 | 13% | 75 | 8% |
FARINHA DE CARNE | 0 | 0% | 125 | 13% |
TOTAL | 973 | 100% | 950 | 100% |
Todos esses pontos levaram a redução da produtividade da máquina, e a única forma de corrigir era refazer a formula de forma que houvesse mais amido disponível para que a máquina tenha maior vazão produtiva e segurasse menos a extrusão.
E foi que aconteceu, ao refazer a fórmula houve o aumento na quantidade de amido disponível para homogeneizar e viabilizar a extrusão e dessa forma conseguimos alguns resultados significativos.
Ganhos na alteração da fórmula | ||
Parâmetros | ANTES | DEPOIS |
EXTRUSORA | ||
Umidade Pré Condicionador (%) | 17,50% | 13,50% |
Umidade Extrusora (%) | 17,20% | 15,70% |
Densidade Extrusora | 340 | 360 |
SECADOR | ||
Densidade (g/L) | 350 | 350 |
Umidade Real (%) | 7,50% | 6,80% |
Atividade de Água (Aw) | 0,57 | 0,51 |
Banho de Óleo | ||
Densidade (g/L) | 380 | 380 |
Umidade Real (%) | 4,90% | 6,70% |
Atividade de Água (Aw) | 0,58 | 0,51 |
Conforme podemos observar na planilha no quesito de controle de qualidade, foi possível, estabilizar a umidade e a atividade de água mais facilmente por dois fatores:
- Produtos com muita fibra retém uma quantidade de água maior na no seu interior e essa água é a Atividade de água que é mais dificil de se perder ao longo do processo e mais perigosa para as etapas subsequentes que é o armazenamento, logística e armazenamento no ponto de vendas.
- E por ter alterado a fórmula e a umidade ter continuado baixa é possivel elevar a quantidade de água na fórmula sem afetar a atividade de água que está em um nivel seguro. E dessa forma a empresa passa a receber um pouco mais sobre o peso da ração.
Nesse vídeo vamos abordar os dois pontos que envolvem outros setores além do produtivo, pois, toda a fábrica tem que trabalhar em harmonia e sempre no mesmo sentido, quando um ponto não caminha de acordo, vale o esforço de cada setor para achar um possível erro de processo ou melhoria que irá mudar o rumo da produção.
Vou ficando por aqui e na quinta feira teremos o desfecho desse estudo.
Forte Abraço e até logo!