Não é novidade para ninguém que a piscicultura cresce em um ritmo acelerado, novas parceria para exportação estão sendo estudadas e novas pisciculturas estão surgindo no país a cada dia.
Mas mesmo com todo esse movimento o setor ainda sofre com alguns problemas de caráter administrativo e econômico, pois estamos criando uma demanda de peixe que irá sustentar toda uma cadeia produtiva de alimentação humana e estamos nos esquecendo da fabricação de alimentos para os peixes.
Como já foi conversado em vídeos anteriores, para se produzir uma ração de peixe é necessário ter uma linha completa de equipamentos que se iniciará com a chegada das matérias primas e irá passar por processos como, moagem, mistura, remoagem, extrusão, secagem, resfriamento, aplicação de óleo e finalmente o ensaque, seja ele em sacarias ou carregamento a granel.
E mesmo em linhas pequenas ou realizando encurtamentos nos processos que pode acontecer quando produzimos e jogamos a ração nos tanques e lagoas no mesmo dia, sabemos que os preços dos equipamentos possuem um alto valor agregado.
Mas mesmo assim temos que transpor essa barreira que impede nossa economia de avançar e de proporcionar uma vida mais confortável a milhares de produtores rurais que investem na piscicultura como uma segunda fonte de renda.
Contudo a história nos mostra que bons exemplos existem e que com pouco se pode fazer muito com pouco e a melhor forma de resolver esse problema é a criação de cooperativas. A Avicultura e a Suinocultura já nos deixaram um legado e um aprendizado muito importante e que nos remete a pensar como estamos administrando a Piscicultura do país.
O governo federal poderia até intervir um pouco mais para poder ajudar a fomentar esse pacote de investimentos que está sendo liberado, contudo pouco é feito e fica a cargo da população se organizar em cooperativas para poder validar todo o estudo de mercado que foi realizado antes da implantação da fábrica de ração.
O cooperativismo é a forma mais simples de fazer com que um grupo de pessoas avancem rumo ao desenvolvimento sustentável de uma região. As regras de implantação de uma cooperativa são simples e qualquer pessoa pode se associar desde que tenha os mesmos ideais da instituição.
De uma forma bem resumida falamos em nosso vídeo sobre os ideais que as cooperativa pregam e ilustramos com o exemplo da COOPPABA que se está localizada na Bahia no município de Valença.
Através de pequenos gestos e ações e seguindo os ideais de formação de uma cooperativa, eles conseguiram prosperar e dia após dia estão avançando e crescendo na região buscando integrar de forma sustentável a população com a economia local.
Para quem quiser iniciar o projeto de uma cooperativa pode começar estudando os pilares do Cooperativismo que segue listados abaixo:
- ADESÃO LIVRE E VOLUNTÁRIA;
- GESTÃO DEMOCRÁTICA;
- PARTICIPAÇÃO ECONÔMICA;
- AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA;
- EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO;
- INTERCOOPERAÇÃO.
No vídeo eu faço alguns apontamentos das cooperativas que temos pelo Brasil e o maior volume esta localizado nos estados mais ao sul e o crescimento da piscicultura está acontecendo mais ao norte com empresas privadas que consegue bancar os gastos e a contratação de funcionários.
Então para finalizar mais esse texto gostaria que todos refletissem sobre o cooperativismo e o bem que ele proporciona a famílias que buscam uma segunda renda, e não só isso, as empresas que precisam de peixes para processamento e principalmente a uma região ou estado que basicamente tem ou tinha como principal forma de economia o turismo e vive das sazonalidades!
Com o aumento da produção e produtividade todos ganham e a locomotiva da economia nunca ficará sem combustível para trilhar novos caminhos.
Pessoal um forte abraço pensem de forma cooperativa e nos vemos em um próximo vídeo!