Na segunda parte da nossa história da Extrusão, começamos lá em 1953, com o nascimento da empresa MABEL, ela foi responsável por trazer a felicidade a muitos lares fabricando suas inesquecíveis rosquinhas de coco, que era presença certa em muitos lares, e lancheiras na hora do intervalo.
Mas o importante para nós aqui é que 1970, ela lança aquele que seria o primeiro snacks do Brasil e um dos primeiros senão o primeiro produto extrusado. Nos anos 70 não tínhamos as mesmas condições de trabalho e comunicação que temos atualmente. Para uma inovação chegar ao Brasil levava dias ou até meses dependendo da grandiosidade dela.
As formas de se inteirar do que estava acontecendo lá fora era a visita em feiras no exterior, contato com amigos e familiares, via “carta” que levava semanas para chegar ao destino e até mesmo ligação de telefônica, que era uma fortuna nessa época, só para contextualizar, nessa época linha telefônica era um patrimônio, as pessoas compravam essa linhas para alugar para outras e ter como patrimônio como se fosse uma casa ou um terreno atualmente.
Mas como todo brasileiro, eles perceberam que o custo não fecharia comprando peças importadas e tendo manutenção cara para esses equipamentos. E é aqui que o pai da extrusão no Brasil entre em cena, o Sr. Paulo Terra, que na época trabalhava com o pessoal da Mabel, começou a fazer a engenharia reversa desses equipamentos e começou a desenvolver os equipamentos nacionais.
O grande desafio aqui era ter um equipamento que tivesse um conjunto de extrusão com boa durabilidade, uma vez que todo o produto era feito com gritz de milho que é muito abrasivo.
Aos poucos eles foram acertando os equipamentos enfim tiveram os primeiros equipamentos 100% nacionais.
Como visão muito além do que a de outras pessoas de seu tempo o Sr. Paulo Terra, seis anos após a compra da primeira máquina e desenvolvimento dos primeiros equipamentos nacionais, teve a visão de um mercado muito promissor para esse mercado e em 1976 ele Funda a Inbramaq – Indústria Brasileira de Máquinas.
Por aqui passaram muitos profissionais como eu, que tive um intensivo de 3 anos com ele, onde pude conhecer o que era a extrusão, como funcionava e quais as vantagens de se trabalhar com ela.
O ano era 2008, e eu estava começando a entender na pratica o que era a extrusão seus conceitos e melindres. Nos próximos anos aprendi a operar o equipamentos, controlar uma extrusora na produção de vários produtos e participar no desenvolvimento de conceitos de fábricas.
Nesse período, tive a oportunidade de participar do desenvolvimento dos produtos da empresa Good Soy, de um snacks recheados igual ao o Teens da Marilan, e até o desenvolvimento de um produto a base de castanha do pará, no qual virou um produto solúvel em água fria para compor shakes e até mistura de bolos e outros produtos como produtos.
No próximo vídeo vamos falar um pouco mais sobre a chegada das extrusoras dupla rosca e o que mudou no processamento de produtos.
Um forte abraço e até a próxima!